A Raquel Pereira, vencedora da maratona "Iced Coffee", já recebeu o seu cabaz e tirou-nos esta foto maravilhosa (obrigada por partilhares connosco)! 

Para além dos dois livros previamente anunciados e gentilmente cedidos pela Porto Editora e pela Guerra e Paz, a Raquel ganhou três marcadores inéditos feitos à mão por uma das nossas administradoras, uma sacola, uma caneca para beber o seu café ou chá, um porta-chaves e um cartaz com citações literárias, utensílios para a decoração do seu café, elementos alusivos à saga de Harry Potter e muitas gulodices (e a nossa eterna gratidão)!

Foi um enorme prazer ver as aventuras de todos os participantes e as suas opiniões; contamos convosco para mais surpresas no futuro! :)

Chegou o dia! Depois de um mês de leituras fervorosas, a Maratona Iced Coffee chegou ao fim, e hoje, como combinado, gostaríamos de congratular a Raquel Pereira! Com 29 pontos, revelou-se a pessoa que obteve mais pontos com as suas leituras e conquistou como incrível prémio o cabaz literário que temos a oferecer. Muitos parabéns! Por favor, contacta-nos assim que seja possível.

Aos restantes, queremos agradecer a todos os participantes pela maneira como abraçaram este projecto e ajudaram a dinamizar o grupo. Nada nos dá mais prazer do que partilhar este hobby maravilhoso!

Deixamos aqui os pontos de todos os participantes por uma questão de transparência (os nossos incluídos, apesar de não contarmos para o prémio):

Ana Pereira - 8 pontos (DES: 7p; BÓN: 1p)

Anabela Alves - 0 pontos

Cláudia Sofia - 24 pontos (DES: 13p; BÓN: 11p)

Filomena Vitorino - 0 pontos

Laura Silva - 6 pontos (DES: 3p; BÓN: 3p)

Madalena Cid - 6 pontos (DES: 2p; BÓN: 4p)

Raquel Pereira - 29 pontos (DES: 21p; BÓN: 8p)

Rita Lemos - 0 pontos

Ricardo Oliveira Sousa - 0 pontos

Sara Dantas - 0 pontos

Sara Marques - 12 pontos (DES: 8p; BÓN: 4p)

Sara Moreira - 0 pontos

Sara Silva - 0 pontos

Valentina Rodrigues - 0 pontos

Esperemos ver-vos na próxima maratona!

A Equipa do Café Literário.

Em 1945, Claire Randall, ex-enfermeira do Exército, regressa da guerra e está com o marido numa segunda lua-de-mel quando inocentemente toca num rochedo de um antigo círculo de pedras. De súbito, é transportada para o ano de 1743, para o centro de uma escaramuça entre ingleses e escoceses. Confundida com uma prostituta pelo capitão inglês Black Jack Randall, um antepassado e sósia do seu marido, é a seguir sequestrada pelo poderoso clã MacKenzie. Estes julgam-na espia ou feiticeira, mas com a sua experiência em enfermagem, Claire passa por curandeira e ganha o respeito dos guerreiros. No entanto, como corre perigo de vida a solução é tornar-se membro do clã, casando com o guerreiro Jamie Fraser, que lhe demonstra uma paixão tão avassaladora e um amor tão absoluto que Claire se sente dividida entre a fidelidade e o desejo... e entre dois homens completamente diferentes em duas vidas irreconciliáveis.

Opinião: "Outlander" é um romance histórico complexo e cativante que se passa entre duas realidades temporais: na Inglaterra de 1945, na altura do pós-guerra, e em 1743, no meio de uma guerra entre britânicos e rebeldes jacobitas que ocorre nos reinos de Inglaterra, Escócia e Irlanda.

Quando comecei a ler este livro, fiquei logo interessada. Escrito na primeira pessoa (o que eu adoro, principalmente quando é bem feito) mas sem perder detalhes, com um bom equilíbrio entre diálogos e cenários mais descritivos e um enredo bastante intrigante, para além do bichinho histórico que eu adoro... achei que o iria devorar e guardei-o para as férias de praia. 

Apesar de achar o enredo excelente e da forma como estava escrito me interessar bastante, julgo que o facto de ter visto a série e saber a história condicionou bastante a minha leitura. Se o início do livro me deixou em pulgas, o seu desenrolar aborreceu-me e só lá mais pró final, quando passou para a parte correspondente aos episódios da série que eu ainda não tinha visto, é que fiquei motivada a continuá-lo. Houve altos e baixos na minha leitura e no meu entusiasmo, mas atribuo-os principalmente ao facto de ter visto a série. Não esperava, confesso, esse desenrolar, visto que sempre gostei mais dos livros do que das suas adaptações, mesmo vendo-as primeiro, mas aconteceu.

Para quem lê pela primeira vez, julgo que a história tem de tudo para agradar, e é um livro que eu recomendo a toda a gente que gosta de romances históricos. Embora tenha ficado algo desapontada com o primeiro, já tenho o segundo volume em mãos e acredito francamente que irei gostar.  

E vocês? Já lerem os livros e/ou viram a série? Para quem viu ambos, que diferenças têm a apontar? (Eu infelizmente vi a série há tanto tempo que não encontrei grandes diferenças senão o «grau erótico» da série em comparação com o livro e algumas coisas que me fui apercebendo quando vi os últimos episódios da série, já depois de acabar o livro.)

Título: Outlander - Nas Asas do Tempo

Autora: Diana Gabaldon 

Título Original: Outlander

Editora: Casa das Letras

N.º Págs.: 776

Pontuação: 4/5

Quando parece que nada pode piorar, surgem Meroko e Takuto, dois shinigami (i.e. "Deus da Morte", na mitologia japonesa) encarregues de vigiá-la durante um ano para depois levarem a sua alma para o céu. Contudo, Mitsuki consegue tornar a sua desgraça em felicidade quando os convence a ajudá-la a concretizar o seu sonho, transformando-a numa rapariga de 16 anos completamente livre de cancro e capaz de cantar. E é assim que Mitsuki, sob o pseudónimo «Full Moon», começa as suas aventuras no mundo do espectáculo, ao mesmo tempo que descobre muitas coisas sobre si mesma e sobre os outros.

Opinião: Há muitos anos que queria pegar neste manga - pelo menos desde que vi o anime, ainda na minha adolescência. Planeei, como é meu costume, ir comprando-o aos poucos e só depois ler tudo; no entanto, não resisti e acabei por ler o primeiro volume de uma assentada! (E agora sofro porque quero comprar os restantes e não me entendo com as apps para ler online... enfim...)

Sendo um manga, esta é obviamente uma obra curta e de fácil leitura; não surpreenderá ninguém se eu disser que o li numa hora (ou menos). E, claro, teria uma opinião bem mais consistente se eu tivesse lido todos os volumes, o que não pude fazer. Ainda assim, espero conseguir transmitir o que senti durante esta leitura, utilizando também algumas luzes do que me lembro do anime para melhorar esta breve opinião.

Mitsuki é uma menina simpática, determinada e corajosa que perdeu os pais muito cedo e vive com a sua avó, a qual não só odeia música como é extremamente severa. Neste primeiro volume, vemos uma Mitsuki desafiante, madura e decidida, que luta pelo seu sonho com unhas e dentes e transforma dificuldades em oportunidades ao mesmo tempo que vai fazendo amigos pelo caminho. Vemos uma menina que nunca desiste e que consegue, através dos novos amigos shinigami, entrar no mundo do espectáculo. Assim como começamos a entender um pouco desse mundo do showbiz e da competitividade do mesmo.
Se alguém ler a sinopse sem espreitar um bocadinho do manga pode achar que este é infantil, por se tratar de uma menina de doze anos e possuir elementos de fantasia (como shinigami). Contudo, posso dizer que não senti nada disso quando vi o anime aos quinze anos, da mesma forma que não o senti, dez anos depois, a ler o manga. Pelo contrário, não só as personagens apresentam bastante maturidade como a leitura deu-me força para continuar a sonhar e a lutar pelos meus objetivos - o que é exatamente o foco principal da história!

Confesso que gostei imenso de ler este manga e que pretendo comprar os restantes volumes o mais rapidamente possível. A única coisa que se perde ao ler o manga são as músicas que, naturalmente, a personagem canta mas não passam para a nossa realidade... mas para isso temos o anime, cujas músicas eu ainda tenho no meu mp3! Só por curiosidade, deixo aqui a música cantada na audição de Mitsuki e que aparece neste primeiro volume:



Título: Full Moon Sagashite

Sinopse: Estamos em 2003 e Romy Hall enfrenta duas penas de prisão perpétua consecutivas na penitenciária feminina de Stanville, em Central Valley, na Califórnia. Lá fora está o mundo do qual foi privada: a cidade de São Francisco da sua juventude e o filho, Jackson. Dentro, uma nova realidade: milhares de mulheres que lutam por bens essenciais à sobrevivência; os jogos, ostentações e atos casuais de violência perpetrados por guardas e reclusas; e o modo inoperante e absurdo que pauta a vida institucional nas prisões, que Kushner evoca com humor e precisão.

Opinião: O Quarto de Marte tem todos os ingredientes para ser um livro importante, ao abordar o assunto de encarceramento em massa e o sistema prisional e de justiça dos Estados Unidos da América. No entanto, a abordagem de Kushner e a voz de Romy Hall, a nossa protagonista, pareceu-me distante e fria, como se nem a autora nem a própria personagem principal realmente se importassem com os tópicos que o livro aborda. 

Apesar de se poder discutir que essa seria precisamente a ideia da autora, limitar-se a enumerar as horríveis condições deste sistema e deixar que os leitores tirem as suas próprias conclusões, como um livro de ficção, a necessidade de personagens fortes que ajudem o leitor a sentir algum tipo de conexão é, talvez, o aspecto mais importante da leitura para mim. E eu nunca, nem por uma vez, senti qualquer tipo de empatia por Romy e a sua situação (isto é, não criei uma empatia com aquela personagem, em especial, nem com qualquer outra que o livro introduziu, apenas um sentimento de "dor universal", uma vez que se torna impossível ficar completamente indiferente às situações ilustradas no livro, mas, estas poderiam ter acontecido a Romy ou a qualquer outra personagem, e a minha reacção teria sido exatamente a mesma).

A história centra-se primariamente, como já foi referido, em Romy Hall, uma mulher que está a começar a cumprir a sentença de duas sentenças perpétuas, e a história de vida que a levou até aquele momento; mas, também somos introduzidos a outras personagens, não apenas presos, mas também guardas e outros funcionários da prisão, ora alternando entre memórias do seu passado, ora seguindo como cada um deles lida com os desafios do dia-a-dia na prisão. 

O livro está formatado em pequenas vinhetas, saltando de capítulo em capítulo de uma para outra personagem, o que tornou evidente a falta de uma voz narrativa distinta de um para outros: a quantidade de vozes, nenhuma delas particularmente memorável (ou, quando tinham a oportunidade de o ser, essa foi completamente desperdiçada) misturam-se numa massa de estereótipos que não têm nenhuma característica distinta, apenas algumas "peculiaridades" com o objetivo de os distinguir. A título de exemplo, a existência de uma personagem transgênero e de uma personagem com transtorno bipolar é apenas mencionada, tal elemento tão importante de cada uma dessas personagens quase que ignorado, algo que a autora poderia ter usado para trazer mais atenção à forma como pessoas com este tipo de problemas ou doenças são tratados num ambiente prisional (o que será fácil de adivinhar, mas, ainda assim, é ignorado).

Embora não haja dúvidas que este é um livro muito bem pesquisado, que tenta consignar questões muito reais, como uma história fictícia não consegue cativar nem apresentar um retrato convincente de mulheres na prisão, as suas lutas e a bagagem emocional que vem com isso.

Já algum de vocês teve um romance de Verão? E foi parecido a algum livro que tenham lido? Partilhem connosco!